Contrariamente ao que muitos pensam, a cerveja não nasceu na Alemanha no século XIX ou no século XX.
A origem desta popular bebida remonta à antiga Mesopotâmia, mais precisamente naquela que é considerada a mais antiga civilização da humanidade, a Suméria (actual Iraque).
Como praticamente qualquer açúcar ou alimento que contenha amido pode sofrer fermentação natural, consta que a cerveja surgiu por acaso quando um grupo de agricultores armazenou a colheita dos grãos em vasos. Provavelmente a chuva ou uma infiltração de humidade desencadeou um processo de fermentação. Com o passar do tempo essa fermentação deu então origem à primeira cerveja primitiva.
Na altura essa bebida foi baptizada de Cerevisia, provavelmente em homenagem a Ceres, conhecida como sendo a “deusa das plantas que brotam” (principalmente dos grãos).
Mas foi só ao fim de muitos milhares de anos que a actual cerveja ganhou o sabor que tanto é apreciado. Na Idade Média era comum os mosteiros serem fabricantes de cerveja e nesse fabrico usavam uma grande variedade de ervas para lhe dar aromas diversos. As ervas mais utilizadas na altura eram a mírica, o rosmaninho, o louro, a sálvia, o gengibre e o lúpulo, este último utilizado até hoje e introduzido no processo de produção da cerveja entre os anos 700 e 800 pelos monges do Mosteiro de San Gallo, na Suíça. É o uso do lúpulo que dá à cerveja o sabor amargo tão característico e também ajuda na sua conservação.
As diversas receitas desses mosteiros foram passando de geração em geração até chegarem aos tempos modernos.
Actualmente existem cerca de vinte mil marcas de cerveja em todo o mundo, o que faz desta bebida a mais favorita das bebidas alcoólicas do planeta.