Contrariamente ao que a maioria das pessoas pensam, a pizza não teve a sua origem 100% em Itália.
Os antigos egípcios desenvolveram e aperfeiçoaram uma massa que resultava da mistura de farinha e água e cuja receita foi percorrendo diversas civilizações ao longo da história, pelo que se supõe que serviu de base para a nossa actual massa de pizza.
Os gregos, por exemplo, usaram a receita egípcia, juntaram-lhe arroz e assavam o preparado resultante sobre tijolos quentes. Já os fenícios optaram por adicionar à massa egípcia outros alimentos, como cebolas e carnes.
Naturalmente que esta receita acabou por chegar também a Itália, país onde foram dados, sem dúvida, os maiores e mais importantes contributos para este famoso pitéu culinário.
Durante a Idade Média, os turcos muçulmanos passaram a adoptar o costume alimentar dos fenícios e em resultado da expansão das cruzadas a receita desta “pizza dos fenícios” chegou à Itália através do porto de Nápoles.
No início as pizzas napolitanas apenas tinham adicionadas algumas ervas e azeite por forma a serem baratas, pois o seu destino principal eram os italianos mais pobres, sendo o alimento mais utilizado com o objectivo de acabar com a fome do povo. Como curiosidade, refira-se que por esta altura a pizza era comida como se fosse uma sanduíche.
E foi em Nápoles, a cidade considerada actualmente como a terra natal da pizza, que surgiu a primeira pizza redonda. Nessa época já eram também adicionados tomate, toucinho, peixes fritos e queijo, sempre muito queijo.
A fama desta iguaria espalhou-se rapidamente, o que resultou no aparecimento da primeira pizzaria da história: a Antica Pizzeria Port’Alba, fundada em 1830, que passou a ser ponto de encontro de vários artistas da época, como Alexandre Dumas.
Foi também em Nápoles que nasceu a famosa pizza Margherita, quando em 1889 dom Raffaele Espósito, um padeiro ao serviço do rei Umberto I e da rainha Margherita, decidiu homenagear a rainha com a confecção de uma pizza a imitar as cores da bandeira italiana, branco, vermelho e verde, utilizando para isso queijo mozzarela, tomate e manjericão, produtos que lhe permitiam obter as colorações desejadas. A rainha apreciou tanto este prato que dom Raffaele decidiu baptizá-la de Margherita.
Por esta razão a pizza deixou de ser considerada somente “comida dos pobres” passando a ser mais universal.
Actualmente, só em Itália existem cerca de 30 mil pizzarias que produzem, por ano, o equivalente a 45 pizzas por cada italiano.