origem das coisas
A Origem das Coisas

Quando, Onde, Como, Por Quem…

 
   

Tudo começou quando o professor americano George Safford Parker se viu na necessidade de aumentar o seu rendimento mensal. Após analisar a sua situação decidiu vender canetas de tinteiro aos seus alunos e aos seus colegas de trabalho na escola onde dava aulas, na cidade de Janesville, no estado do Winconsin.

Mas como essas canetas tinham tendência a apresentar deficiências, ele sentia-se no dever moral de as reparar. Apesar de essa sua postura lhe granjear crédito e consequentemente mais clientes, chegou a um ponto em que as reparações se tornaram demasiadas para ser viável o negócio.

Descontente com os problemas criados, decidiu criar ele próprio um instrumento de escrita que desse uma maior garantia de fiabilidade, produzindo em 1888 a sua primeira caneta que se tornaria o início da revolução da escrita até aos tempos modernos.

Passados cinco anos começou alcançou finalmente o seu sucesso comercial com a patente da caneta Lucky Curve, que se manteve muito popular até aos anos 20. O negócio floresceu durante a Primeira Grande Guerra com a compra pelo exército americano de grandes quantidades do modelo Parker Trench, para serem distribuídas pelos soldados europeus e americanos nas frentes de batalha. Só nesse negócio a Parker conseguiu facturar 1 milhão de dólares.

Em 1940 a empresa lançou a conhecida Parker 51, um sucesso de vendas que demorou 11 anos a ser projectada e vendeu mais de 20 milhões de exemplares até ao ano de 1970.

Caneta Parker 51 do ano de 1940

O sistema da Parker 51 permitia que a tinta secasse imediatamente com o contacto com o papel. Foi precisamente com este modelo que o general Eisenhower, passados 5 anos, assinou a rendição alemã na Segunda Guerra.

Com o passar dos anos foram sempre criados novos e melhores modelos, quer em qualidade de escrita como em design, sempre elegante, coincidindo os melhores exemplares com os aniversários da companhia.

Mais do que instrumentos de escrita, as canetas Parker tornaram-se, pela sua qualidade e inovação, quase tão conhecidas como as pessoas célebres que as usaram em situações de grande importância, quer para elas próprias como até para o mundo, identificando-se com a própria escrita através dos tempos sempre com um notável e progressivo incremento de estilo.

Curiosidades:

– A Parker foi sinónimo de inspiração, para Ernest Hemingway, Giacomo Puccini, Pablo Neruda e Sherlock Holmes. Nos negócios e nas ciências, esteve ao lado de Albert Einstein, Nelson Rockefeller e Thomas Edison.

– A Parker “51” é uma das canetas de maior sucesso já produzidas e é verdadeiramente reconhecida em todo o mundo como a melhor caneta já feita.

– As canetas originais Parker Lucky Curve chegam a atingir o valor de 10 mil dólares em leilões;

5 Responses so far.

  1. Ton diz:

    Nunca gostei da Parker 51, ela pode ter sido uma evolução para seu tempo mas hoje é peça de antiguidade. Muitas vez borrava e vazava tinta. Era necessário certa prática para manejá-la. Ainda bem que criaram as roller balls.

  2. Virgínia diz:

    Adorei o artigo. Para mim foi o suficiente. Tem datas sim. Tem toda história detalhada sim.

  3. Sylvio diz:

    Ruim este artigo. Sem datas e fatos relevantes. Mas a cereja do bolo é que Sherlock Holmes usava uma. Um personagem literário do século xix usava a caneta do séc xx??? Será que usou a máquina do tempo de há Wellignton para ir ao futuro comprá-la?

    • origemdascoisas diz:

      A primeira história publicada com a personagem de Sherlock Holmes ocorreu em 1887, ou seja, um ano antes da criação da empresa Pen Parker Company.

      Não foi portanto necessária qualquer máquina do tempo para Sherlock Holmes usar a famosa caneta nas suas novelas policiais, pois ela apenas apareceu depois.

      • Fernando diz:

        O artigo não deixa de estar interessante,no entanto colocar em pé de igualdade Sherlock Holmes com Hemingway,Puccini e Neruda será um pouco desajustado visto tratar-se de uma personagem de ficção que quanto muito teria utilizado a dita caneta segundo a vontade do autor Sir Arthur Conan Doyle.