Pensa-se que o processo de limpeza a seco teve origem em meados do século XIX e assim como com outros inventos, surgiu de uma forma perfeitamente fortuita.
Corria o ano de 1855 quando o francês Jean Baptiste Jolly, proprietário de uma tinturaria, derrubou acidentalmente um candeeiro de querosene sobre um vestido duma cliente. Após a evaporação do líquido apercebeu-se que a parte atingida estava mais limpa que o resto.
Espantado com o sucedido experimentou o mesmo com toalhas de mesa sujas, conseguindo resultados idênticos. Juntamente com o genro decidiu começar um novo negócio de limpeza.
Mas apesar da criação da limpeza a seco ser creditada a Jolly, existem registos de 1720 que fazem referência à utilização de derivados do petróleo para remoção de nódoas.
Nos primórdios do séc. XX muitos produtos de limpeza a seco eram derivados do petróleo, portanto inflamáveis, o que tornava o processo arriscado pela possibilidade de incêndios e explosões.
Nasceram assim regras para a substituição dos reagentes iniciais por solventes sintéticos, mais seguros e não-inflamáveis, que apareceram nos anos 70. Mas veio-se a constatar que o mais utilizado, o percloroetileno, é uma substância altamente tóxica. Está classificada como cancerígeno e um único grama é capaz de contaminar 200.000 litros de água.
Actualmente já se utilizam produtos mais ecológicos mas que, mesmo assim, ainda possuem uma considerável taxa de toxixidade, pelo que se deve ter sempre os cuidados normais de manuseamento, evitando contacto com a pele, com os olhos e a inalação dos vapores emitidos.