Os povos primitivos tinham necessidade de mudarem de zona com frequência, por simples e óbvias razões de sobrevivência. Como nómadas que eram, tinham necessidade de movimentar as suas coisas de sítio para sítio.
A roda terá sido o culminar dessa necessidade de se conseguir movimentar pesos que estavam para além da capacidade humana. Inicialmente usavam-se animais domesticados que, devido à sua maior resistência e força, permitiam a movimentação de determinadas cargas mas mesmo dessa forma existiam limites que nem os animais conseguiam ultrapassar.
Uma das formas de vencer esses limites terá sido inventado pelos egípcios, que começaram a usar troncos de árvores como cilindros para assim conseguirem movimentar cargas de pesos muito elevados. Pensa-se que terá sido desta técnica que terá surgido a ideia do eixo fixo com discos de madeira maciços nas pontas.
O registo mais antigo que existe do uso da roda em “veículos” foi encontrado numa placa de argila encontrada na Suméria, datada do ano 3500 a.C. e na qual se pode ver o desenho de uma carroça que, segundo os historiadores, seria um carro fúnebre construído com uma tábua central e duas tábuas arredondadas presas de ambos os lados. Mais tarde, cerca do ano 2000 a.C., os sumérios colocaram raios no lugar da estrutura maciça.
Apesar da roda continuar a ser considerada, por inúmeros cientistas, como tendo sido o maior invento de todos os tempos, a verdade é que hoje em dia a sua importância é subestimada.
No entanto, se considerarmos que ela é o princípio básico de todos os dispositivos mecânicos, a coisa muda de figura. Quatro das principais fontes de energia têm por base a roda: a electricidade, o vento, a água e a força animal.
A verdade é que sem a invenção da roda a humanidade não teria chegado muito longe. Neste preciso momento estão biliões de rodas, de diversos tamanhos e com diversas funções, a fazer a sociedade funcionar, a manter a nossa vida possível através do seu movimento.
