A história da disquete é bastante simples. Foi inventada por uma equipa de pesquisadores da IBM liderados por Alan Shugart. O designer-chefe da equipa de Shugart era David Noble. A sua investigação resultou na disponibilização das primeiras disquetes em 1971.
O objectivo da IBM era criar um dispositivo de armazenamento onde os utilizadores pudessem guardar informações. Mesmo com o aparecimento dos discos rígidos, tornou-se claro que os utilizadores iriam sentir a necessidade de fazer backup dos seus arquivos e dos programas de software. Talvez por isso as primeiras disquetes foram chamadas de discos de memória. As que saíram em 1971 tinham 8 polegadas de diâmetro, eram de plástico e usavam óxido de ferro magnético.
Embora a disquete de 8 polegadas fosse amplamente utilizada, tinha as suas limitações. Era muito grande e não era muito fiável a longo prazo. Assim, em 1976, a Shugart Associates começou a produzir as disquetes de 5¼. No espaço de dois anos, nove outras empresas começaram a fazer o mesmo.
A sua popularidade tornou obsoletas as disquetes de 8 polegadas. No início as disquetes de 5¼ apareceram com dois formatos: o sector duro (90 kb) e sector soft (110 kb). Com o tempo o sector duro desapareceria.
A disquete de 5¼ teve sucesso enquanto foi considerada suficiente para armazenar programas e fazer backup de arquivos, ou seja, até meados dos anos 80. Por essa altura os programas começaram a ficar maiores e também os arquivos. Como resultado as empresas começaram a criar outros dispositivos, como a disquete de 2 polegadas. Mas seria a disquete de 3½ polegadas da Sony que provaria ser a mais bem sucedida.
A disquete de 5¼ ainda teve uma grande participação no mercado, mas foi progressivamente substituído pela de 3½. Na década de 80 a maioria dos computadores vendidos estavam ainda equipados com ambas as drives, de 5¼ e de 3½ . Mas na década de 90 isso acabou e desapareceu o formato 5¼.
O formato de 3½ era suficientemente pequeno para colocar no bolso, era mais robusto, com um invólucro suficientemente forte para suportar alguns solavancos e menos susceptível ao pó e sujidade. A velha 5¼ era facilmente danificada por arranhões e mesmo muita luz.
Mas nem a disquete sobreviveria à rapidez da evolução tecnológica. O aparecimento do CD-ROM ditaria o fim das disquetes, em conjunto com a evolução do software que começou a ocupar espaço que nunca seria aceitável repartir por disquetes.
O tamanho dos arquivos atingiriam vários milhares de kilobytes e de seguida muitas dezenas e centenas de megabytes.
Várias empresas tentaram produzir novos tipos de disquetes, mas nunca vingaram. Em vez disso os CD-R e CD-RW tornaram-se populares.
A história da disquete permite ver o modo como a tecnologia evoluiu. O seu rápido desenvolvimento mostra a maneira como os arquivos e o uso do computador mudaram ao longo dos anos.